A vida é feita de escolhas. Ou melhor, os roteiros que cada um escreve para a vida que chama de sua. E quando se diz essa máxima, parece que o roteiro é definido por escolhas consideradas maiores, ou as que definem mais o rumo de sua história: que profissão seguir, onde trabalhar, com quem casar, com quem ter filho, a cidade que quer morar, o emprego, onde investir seu dinheiro, como cuidar da sua saúde, e por aí vai. Parece que a cada escolha dessa, a história vai se definindo.
Mas e as escolhas de todos os dias, de todas as horas? O que você veste, o que você come, o que você pensa, o que decide priorizar nos seus dias? Enquanto lê esse texto, há uma escolha sendo exercida. É possível perceber que tudo o que você vive é resultado de suas escolhas? E indo para níveis ainda mais objetivos: todas as cenas que encontramos em nossa frente nos entregam o feedback de nossas escolhas, feitas em diferentes níveis de consciência.
Por exemplo, pode ser que você escolha comer um lanche super legal, porque te deu vontade, mas na madrugada você passa muito mal. Parece que sua escolha é pelo lanche, mas o resultado foi o passar mal. Logo, essa foi a escolha. Mas mesmo que não esteja acontecendo nada desse tipo, o fato é que agora você vive esse resultado. E tem escolhas sendo feitas.
O que estamos compartilhando aqui é um assunto importante para olharmos, e termos consciência sobre, pois muitas vezes vivemos coisas que parece que não foi escolhido, e perdemos de vista o que de fato estamos escolhendo, e sequer temos ideia do para onde essas escolhas estão nos levando.
Agora talvez te dê um comichão de querer saber mais sobre isso? De querer entender como então ter uma relação mais objetiva entre as nossas escolhas e os nossos cenários, né?
Escolhas e cenários
Para compreender isso, Kaw Yin e Yan Yin, fundadores da Coexiste, explicam que é preciso considerar alguns pontos básicos na relação entre as escolhas e os cenários.
Primeiro ponto é esse: saber que estamos escolhendo. Depois, é compreender que nossa escolha é sempre pelo aprendizado.
“Independente do que acreditamos que estamos escolhendo, na verdade, estamos escolhendo o que queremos aprender em cada momento, e de acordo com essa escolha, as oportunidades nos são fornecidas”, disseram durante o programa A Verdade Está No Ar, com o tema Meu Universo Pessoal e a Realidade Universal.
Compreender esse fato, de que todas as cenas nos trazem o aprendizado que escolhemos ter, faz com que possamos, então, em vez de rejeitar e julgar os acontecimentos à nossa volta, receber e agradecer as circunstâncias, eventos, situações que nos chegam. O nosso trabalho então será focar em aprender a receber essas precisas entregas ao que pedimos, e não mais julgar.
Mas o que tanto queremos aprender a todo instante?
Kaw Yin e a Yan Yin explicam que estamos todos num caminho de retomada da consciência sobre a nossa existência, sobre quem somos e sobre nossa realidade. Logo, tudo que recebemos são respostas a nossos pedidos de aprender a verdade sobre nossa existência, que na verdade, é um desaprender das mentiras que contamos. Sabe a outra máxima que diz que a vida é uma escola? Então, tem um lugar na gente que já sabe que de todas as situações que vivemos nos rendem ensinamentos, e saímos mudados delas.
“Todas as experiências que vivemos não têm nenhuma outra função que não seja aprender. Elas fazem parte de uma caminho que vai chegar no fim de todos os caminhos, e por isso, esse aprendizado que há é benéfico a todos”, explica Kaw Yin.
Diante disso, compreendemos que as oportunidades de aprendizado que todos têm em todas as cenas remetem a respostas absolutas, ligadas à realidade. Só por isso que as respostas que chegam atendem precisamente os pedidos específicos de cada participante de uma mesma cena, de forma precisa e abundante. Mas o pedido específico do que cada um precisa para otimizar o seu caminho de retomada de consciência da realidade, e não de metas particulares provenientes de um universo pessoal.
“Quando falamos em respostas absolutas, estamos falando de respostas universais que abrangem tudo o que existe e que contemplam a todos, independente da consciência que cada um possa ter em cada momento, do quanto uma resposta absoluta está incluindo a ele no que realmente importa e no que realmente tem valor, independente do quanto suas crenças particulares o convidam a julgar”, esclarecem Kaw Yin e Yan Yin no programa.
Para exemplificar, podemos pensar em um jogo de final de campeonato de futebol. Os jogadores podem pedir para ganhar, mas são dois times, e é impossível que os dois ganhem. Ganhar é uma meta relativa dentro de um universo particular, e que tem resultados momentâneos e circunstanciais. No entanto, os vinte e dois jogadores da partida receberão respostas precisas às necessidades de cada um nessa mesma partida, e por serem respostas absolutas, e que nos levam de volta ao absoluto, beneficiam a todos, em qualquer tempo e espaço.
A partir desse entendimento, nos vemos diante de duas possibilidades: ou buscamos respostas universais e absolutas que atendem a tudo o que existe e anula os equívocos relativos e pessoas, ou nos isolamos em nosso universo pessoal estruturado por crenças individuais e culturais, até que o desconforto seja insustentável ao ponto de começarmos a questionar nosso universo particular de crenças e passarmos a pedir por respostas absolutas.
Como ouvir as respostas absolutas é um caminho inevitável, e só decidimos o quando, podemos evitar os desconfortos e frustrações em nosso dia a dia aceitando o que chega como uma entrega de Deus dentro de um plano, e pedindo, assim, por esse entendimento. É bonito demais pensar nisso, e só precisamos de ajuda para que nossa mente se abra a ponto de compreender a totalidade disso, e respostas, não faltam.
Se quiser compreender mais a fundo esse tema, você pode assistir ao programa na íntegra, aqui: