Roteiro do episódio #232 – No Tempo das Coisas Vistas, do podcast Não Dá Para Desouvir, com Kaw Yin e Yan Yin.
O TEMPO DAS COISAS VISTAS é o tempo no qual as coisas são vistas como realmente são. É a visão do momento no qual os equívocos de percepção desapareceram e o presente se revela através de olhos reveladores da verdade ou da verdadeira percepção.
A percepção verdadeira que devolve ao mundo o momento que pode ser vivido no agora de cada experiência realista que expressa a verdade através de coisas neutras, porém perceptíveis para que, no mundo da percepção a visão verdadeira dos fatos possa ser compartilhada.
Coisas neutras são coisas que não têm significado real em si mesmas e que não têm atuação sem o comando de um ser vivente. É o caso de um corpo, por exemplo.
NO TEMPO DAS COISAS VISTAS, as traduções do que parecia incompreensível, são apresentadas por um fluxo sem interferências do passado e com a divina providência atuando de forma a tornar conscientemente exequível uma nova postura que precisa ser percebida como a demonstração de um milagre que transformou em possibilidades perceptíveis o que parecia impossível diante de um mundo anteriormente alimentado pela culpa.
NO TEMPO DAS COISAS VISTAS a culpa não é mais vista, porque todos os roteiros da culpa foram reconhecidos como irreais e, a partir disso, a culpa não faz mais sentido.
A culpa é o alimento da estrutura que distorce a interpretação dos fatos e justifica o conflito e a destruição através do ataque em um cenário construído para ser vulnerável de forma a tornar aparentemente possível a execução de penalidades torturantes que parecem ameaçar a vida e exigir sacrifícios que tornem justo o sofrimento para os pecadores.
NO TEMPO DAS COISAS VISTAS, a culpa foi levada ao discernimento e deixada de lado para o total esquecimento por sua falta de consistência.
Não havendo culpa na mente, há somente o aproveitamento de todas as ferramentas disponíveis para compartilhar a inocência própria do reconhecimento de que não houve danos reais provocados por um sonho que nunca existiu na realidade.
NO TEMPO DAS COISAS VISTAS, está o mundo real, que é a real visão do mundo, porque ele foi inventado e porque o mundo não fazia sentido em nossa mente tal como o estávamos vendo.
Esse é o tempo no qual o próprio tempo deixa de fazer sentido, pois o tempo também foi uma ferramenta do caminho que chegou ao fim, pois a missão era ver e compartilhar a possibilidade de ver.
A partir da visão alcançada NO TEMPO DAS COISAS VISTAS, entregamos nossa missão a Deus, para que Ele nos diga onde devemos estar para compartilhar a visão alcançada.
Não exigimos mais nada porque já recebemos tudo.
NO TEMPO DAS COISAS VISTAS não nos enganamos mais e o mundo se restabelece como o que ele é. Ele é visto como uma tentativa impossível de declarar que a separação aconteceu e que somos todos indivíduos separados.
NO TEMPO DAS COISAS VISTAS o mundo é visto como uma percepção inocente que jamais poderia macular a criação de Deus.
Em nossa missão, olhamos novamente para o mundo e buscamos compartilhar a visão através da postura pacífica de quem reconheceu a eternidade e nesse reconhecimento viu que a ilusão da morte não pode ter efeito sobre a vida.
Portanto, se nos vemos ainda no caminho, antes de nos vermos NO TEMPO DAS COISAS VISTAS, podemos pelo menos ver que esse lugar existe e é alcançável pois o que é uno conosco já está lá e portanto também estamos na verdade.
Agora eu já estou pelo menos confuso por ter quebrado a certeza da separação.
Se eventualmente vejo que há como estar NO TEMPO DAS COISAS VISTAS e se quem está lá é uno comigo, então não posso negar que tenho a capacidade de compartilhar a visão com quem faz parte da minha existência.
Compartilhando essa visão, posso reconhecer que não preciso de sacrifícios para ver como separado o que já foi visto por quem é uno comigo.
Assim, posso usufruir das conquistas de quem já está lá, porque quando chegou lá eu estava em unidade com ele.
É assim que podemos nos utilizar das experiências de Jesus para nos igualarmos a ele da forma mais rápida possível, conforme ele mesmo pode nos instruir em colaboração com o Espírito Santo.
Esses personagens que chamamos de pessoas foram utilizados em roteiros de culpa que são percebidos através de imagens arquetípicas que transitam em um filme que gira em círculos gerando cenários aprisionantes enquanto a verdade não é vista para que a saída realista seja reconhecida.
Cada um de nós que alcança a consciência da unidade ou, pelo menos, a confiança em quem já alcançou a unidade, pode compartilhar essas conquistas com quem Deus colocar em nossa frente para que seja salvo a partir dessa visão compartilhada ou dessa fé compartilhada com quem já está lá.
Jesus é o Cristo e Cristo é o Filho Único de Deus que existe em unidade com Deus.
Jesus é o Cristo e todos nós somos. Porém não estamos vendo isso nitidamente, mas podemos aceitar a orientação de quem já chegou lá e está disposto a nos orientar desse lugar e nos servir de caminho.
Confiemos então em Jesus que vive NO TEMPO DAS COISAS VISTAS e nos enxerga desse lugar. Confiemos que Jesus está nos contanto sua vivência a partir desse lugar.
A partir da visão perfeita desse lugar, Jesus está nos oferecendo o seu apoio e a sua orientação para caminharmos até ele na garantia de que isso é possível porque somos ele na unidade com Deus.
Jesus está a cargo da Expiação que empreendeu começar e que vai acompanhar até o fim ou até que todos se vejam como ele ou vejam que são ele.
Compartilhemos com Jesus esse lugar para que nos salvemos junto com ele ou para que possamos ver que já estamos salvos porque somos ele.
Aceitando esse fato e ouvindo dele o que nos pertence, podemos realmente anular a necessidade de passos dolorosos caminhados de forma solitária e errante para caminharmos em unidade com Jesus, ou sob a sua orientação perfeita a partir da confiança que ele tem em todos nós por ter a visão de que somos todos um único Ser e que somos todos o Filho Único e perfeito de Deus.