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O que é Bom pra Mim?

Kaw Yin e Yan Yin

Kaw Yin e Yan Yin

Fundadores da Coexiste

Roteiro do episódio #237 – O que é Bom pra Mim?, do podcast Não Dá Para Desouvir, com Kaw Yin e Yan Yin.

Para iniciar, convidamos vocês a refletirem sobre algumas coisas…

O que é bom pra mim?

É bom pra mim passar os meus dias julgando se as coisas são boas ou não pra mim?
É bom pra mim passar os meus dias julgando se as pessoas são boas ou não pra mim?
Eu sei o que é bom pra mim?
Eu estou apto a julgar qualquer coisa ou qualquer pessoa a partir da avaliação se é bom ou não pra mim?

Será que o valor das coisas está no fato de eu achar que são boas ou não pra mim?
Será que o valor das pessoas está no fato de eu achar que são boas ou não pra mim?
Será que posso me considerar o centro da mensuração do valor das coisas e das pessoas?

O valor de todas as coisas que nos cercam está definido pela própria frequência que colocou tudo perfeitamente ajustado em cada momento, conforme a resultante das crenças vigentes e da necessidade de correção de equívocos na mente, cujos pensamentos estão expostos em cada cenário que nos chega em cada momento.

Além disso, o valor das pessoas e da vida que elas representam não é um valor momentâneo, apesar de ser perfeitamente ajustado a cada necessidade. O valor de qualquer pessoa foi estabelecido por Deus na Criação de tudo o que existe e, portanto, de tudo o que é real.

Diante de qualquer cenário precisamos, antes de mais nada, admitir que tudo está no seu devido lugar e, se parece que não, isso é fruto dos nossos julgamentos equivocados.

Da mesma forma, temos que admitir que todas as pessoas que cruzam o nosso caminho possuem uma existência cujo valor foi determinado por Deus.

Isso é totalmente válido também para a nossa presença em qualquer contexto que estejamos nos manifestando. Se estamos ali, isso tem um motivo e o nosso valor já foi estabelecido por Deus, independente dos julgamentos que possam ocorrer dentro de qualquer contexto, por quaisquer pessoas.

O perfil comportamental de cada pessoa que assistimos não estabelece o seu valor, mas demonstra tudo o que ela pensa sobre si mesma com muitos equívocos de autoconceito que necessitam de correção e os relacionamentos têm a função de facilitar essas correções. Podemos saber como nos permitindo ser orientados por Deus para podermos trabalhar como facilitadores de milagres ou professores de Deus, como é dito por Jesus na obra Um Curso em Milagres.

Resumindo, o valor das coisas e das pessoas não depende dos meus julgamentos sobre ser bom para mim ou não.

Dar e receber é um fluxo de energia que movimenta as relações, vitaliza tudo o que vive, gera milagres corrigindo equívocos na mente através dos relacionamentos e nos permite compartilhar o que temos, aumentando em nós o que foi aceito por aqueles a quem entregamos. Todas as relações são feitas de dar e receber. Dar é expandir e é também receber porque é aumentar o que entregamos.

Se há alguém à nossa volta, algum motivo tem, tanto para nós quanto para qualquer pessoa no contexto.
Se observarmos sem julgar, veremos que todas as pessoas que assistimos em nossos dias estão apenas expressando tudo o que acreditam sobre si mesmas.

Isso significa que, se observarmos sem julgar, poderemos nos contextualizar em todos os relacionamentos e descobriremos nossa real utilidade diante de cada circunstância e, também conseguiremos aceitar tudo o que nos está sendo entregue de forma perfeitamente contextualizada às nossas reais necessidades em cada momento.

Se olhamos para tudo e para todos a partir de julgamentos, se são ou não bons para nós, estabelecemos antecipadamente o que as coisas são sem vê-las realmente e, portanto, sem saber porquê estão ali, como podem ser úteis para todos e como podemos ser úteis para elas.

Um julgamento antecipado não qualifica se algo é bom ou não para nós, mas apenas julga se atende ou não as nossas expectativas traçadas a partir das nossas regras estabelecidas sem compromisso com a verdade.

Um julgamento antecipado se é bom ou não para as nossas expectativas faz com que cometamos um equívoco de base que é centrar a importância de tudo em nossa condição limitada e individual de transitar no mundo, a partir de crenças limitantes que ficam determinando se as coisas são boas ou não, se as pessoas são boas ou não, a partir de uma visão extremamente individual, desconsiderando o real valor de tudo.

Isso nos coloca em uma posição de individualismo e nos fecha para a visão da nossa verdadeira utilidade em cada contexto, visto que estamos focados apenas em nossas expectativas e não no contexto. Nossa real utilidade sempre nos é mostrada, assim como a real utilidade de todos, cuja importância não é discutível nem julgável. A função de um médico em um hospital não é julgar o valor do paciente pelo seu perfil comportamental, mas ajudar no processo de cura.

Não somos juízes do valor das pessoas e nem mesmo do nosso próprio valor. Todos são indiscutivelmente importantes pelo que são e pelo que representam em cada momento.

Todas as ferramentas para o nosso desenvolvimento consciencial nos são fornecidas de forma absolutamente abundante. Toda carência é fruto de julgamento que não nos deixa ver que temos tudo, todo o tempo.

Sejamos então mais observadores que juízes das coisas, dos eventos e das pessoas.

Não estamos habilitados para julgar. Se queremos reconhecer o real valor de tudo e de todos, precisamos ter, antecipadamente, a certeza e a confiança de que tudo nos está sendo entregue para que possamos compartilhar as dádivas e a beleza da vida que há em toda criação de Deus.

A beleza da vida está na própria vida que podemos ver e desfrutar, aceitando que somos portadores do mérito de receber e somos úteis para entregar tudo que Deus nos deu para que possamos compartilhar com todos que Ele coloca em nosso caminho para que cuidemos em nome Dele.

Se queremos nos sentir importantes, precisamos ver a importância em todos e, se queremos eliminar a sensação de carência, precisamos parar de julgar se é ou não bom para nós porque não sabemos o que é realmente bom para nós.

Precisamos confiar que tudo nos é dado conforme o que precisamos para que possamos ver, receber e entregar, mantendo o fluxo da vida e de todas as energias restauradoras da nossa consciência sobre quem somos e quem são todos que nos presenteiam com a sua inestimável e justa presença.

Que Deus continue iluminando o nosso caminho com as suas criações perfeitas e perfeitamente colocadas diante de nós como ferramentas de lembrança da nossa divindade imutável, cujo valor foi estabelecido por Deus, sem depender das nossas avaliações individuais.

Fiquem com Deus e reconheçam em todos a extensão do seu perfeito Criador.

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13 e 14 de Janeiro | Sábado e Domingo

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