Roteiro do episódio #241 – A Evolução Consciente sem Disputa, do podcast Não Dá Para Desouvir, com Kaw Yin e Yan Yin.
EVOLUÇÃO é algo que acontece independente da consciência que temos de que está, de fato, ocorrendo.
Evolução é algo que ocorre, conscientemente ou não, mas que pode ser acelerada conscientemente.
Temos falado sobre condicionalidade e incondicionalidade e também sobre a natureza das circunstâncias.
Dissemos no último episódio que:
Circunstâncias são imagens demonstrativas de estados mentais que precisam ser levados ao perfeito entendimento e corrigidos em seus equívocos, para que somente a verdade prevaleça para resgatar o amor que é a natureza de todos, porque todos foram criados no Amor de Deus.
Independente da consciência que tenhamos em cada ponto da nossa trajetória, o mundo das circunstâncias está constantemente nos mostrando o momento evolutivo de todos os envolvidos direta ou indiretamente nos cenários que observamos.
É fundamental compreendermos que conscientemente ou não essa evolução está ocorrendo e que esse processo evolutivo tem um destino.
É bem simples admitir que esse processo tem um final de processo. Se não houvesse uma possibilidade de alcançar o final, seria muito estranho, porque todo processo é motivado por algo a ser alcançado na certeza de que alcançar é possível.
Será que esse processo tem um final para cada pessoa ou para cada ser vivo que se manifesta no universo?
Ou será que estamos indo todos para o mesmo final?
Por mais que nossos caminhos sejam diferenciados, constituindo histórias individuais, não é difícil admitir que essa evolução tem que nos levar a um lugar verdadeiro, ou seja, o final do processo tem que ser algo real, pois se assim não fosse, encontraríamos uma ilusão no final de todo o processo evolutivo, o que invalidaria o processo.
Se estamos evoluindo para encontrarmos algo real, também não faz sentido acreditar que ao final do processo encontraremos um estado de conflito entre todos que caminharam até esse final.
Se o final do processo evolutivo de todos fosse uma zona de conflito, a própria realidade seria conflitante.
Mas se o final do processo é um lugar de paz, então esse final da evolução é um lugar comum a todos e não há diferenças que possam divergir para roubar a paz ou ameaçar o estado alcançado como o fim da evolução.
Se estamos todos caminhando para um lugar comum, onde nos encontraremos em um estado de paz perfeita e, portanto, sem conflito, isso significa que esse lugar é real e que nesse lugar não há divergências existenciais.
Se no final da evolução descobriremos a paz através da visão de que não há diferenças entre nós, então podemos ver agora que essa evolução está apenas corrigindo equívocos através dos quais enxergamos diferenças e divergências que se tornam concorrentes em suas metas aparentemente separadas.
São histórias individuais com base em estruturas individuais que geram percepções e valores individuais, mas se estamos todos caminhando para corrigir essa forma de ver, estamos todos em conjunto nessa evolução, conscientes ou não dessa inevitável parceria.
Se percorremos um caminho individual em uma história individual para um mesmo e único destino, podemos evoluir a consciência de que temos fundamentalmente o mesmo propósito e, sendo assim, podemos admitir que nossa visão particular é apenas uma questão de tempo de processo para uma visão conjunta.
Não precisamos então nos estranhar quando percebemos divergências em nossa forma de interpretar o nosso caminho, porque afinal, estamos nos utilizando de condições individuais em caminhos individuais que nos trazem percepções individuais e diferentes em nosso processo de evolução. Portanto, é só termos consciência dessas diferenças de interpretação e compreendermos o momento de cada um.
Na medida em que nos conscientizamos disso, vamos acalmando o nosso coração e descobrindo que não faz sentido entrarmos em disputa em um caminho no qual estamos todos contribuindo para acelerar o processo de todos, porque são processos de correção em uma mente que é de todos.
A evolução da consciência desse processo, nos permite sair do estado de defesa, para entrar em um estado de compreensão e de interesse pelo caminho de todos que contribuem incondicionalmente para o resultado final, mesmo que não saibam como estão contribuindo.
Para que essa compreensão e esse discernimento possam ocorrer, Deus colocou em nossa mente um ponto comum de elucidação do caminho para que consigamos fazer uma leitura precisa de cada circunstância, de forma a conseguirmos identificar qual é a nossa verdadeira utilidade na cena e como podemos usufruir ao máximo de todas as dádivas presentes para acelerar o nosso processo de evolução, assim como de todos.
Esse nosso Professor interno foi chamado de Espírito Santo e é o nosso ponto universal de encontro que nos traz a verdadeira correção para o nosso sistema de pensamento e para a nossa percepção de todas as circunstâncias que nos chegam em nossos dias.
Para alcançarmos esse lugar na mente, precisamos desistir de nossos julgamentos baseados no passado e nos manter isentos em cada momento presente.
Precisamos aceitar que temos uma natureza comum que nos coloca em estado de amor e de real interesse por todos que fazem a jornada conosco.
Quando somos tentados a entrar em disputa e cedemos a isso, entramos em conflito interno por contrariar o que há de mais puro em nosso coração que é o amor que nos une.
O final do caminho da evolução é a relembrança do que verdadeiramente somos em unidade com todos e com Deus.
Caminhemos então, nos tornando, a cada dia, mais conscientes de que não estamos disputando espaços em um mundo de concorrências com metas separadas, mas estamos todos em um processo de evolução da nossa visão sobre a existência.
Vamos aceitar conscientemente manter as nossas mãos estendidas a todos que Deus sabiamente colocar em nosso caminho para que possamos, com gratidão e disponibilidade, nos ajudar mutuamente, permitindo que o Espírito Santo que Deus criou para nos orientar, esteja sempre presente, olhando conosco para todas as circunstâncias e para todos os nossos relacionamentos com nossos irmãos que, conscientemente ou não, nos ajudam a encontrar o nosso caminho a Deus.