Quem busca o caminho da transcendência, da sabedoria, espera, em algum momento, viver a partir de sua intuição. Obter uma fluidez na inspiração e caminhar com segurança e sabedoria, em pleno estado de presença.
Nessa expectativa de alcançar uma visão segura e tranquila sobre todas as coisas fica subentendido que a visão que se tem hoje, a partir da sua percepção particular – e das premissas que considera para tomar suas decisões e definir se as ocorrências são boas ou ruins- não tem sido suficiente para se ter a sensação de viver sob inspiração.
Inspiração para alcançar o que? Uma visão realista e verdadeira sobre todas as coisas, tendo origem em um lugar absolutamente isento e que considera o contexto universal.
Logo, para se alcançar a sabedoria, será necessário mudar a base de pensamentos, tirando da mente todas essas premissas sobre o que é o mundo, a vida, e si mesmo, e abri-la para receber uma visão de fora do seu sistema particular de pensamento.
Alcançar a sabedoria sobre todas as coisas significa alcançar a verdade sobre todas as coisas. Quando recorremos a um sistema particular de pensamento, esse sistema é alimentado por pensamentos passados, que se confirmam a cada instante. Como se consultássemos uma biblioteca antiga para olhar para o contexto atual.
Diante de uma cena, em vez de tomar contato com o que se apresenta, comparamos o que recebemos com as informações passadas e, assim, tiramos conclusões sobre o que se apresenta. Então, como acessar a Verdade se o que está contido em nossos pensamentos não contém a verdade?
Este foi o tema abordado por Kaw Yin e Yan Yin no programa A Verdade Está No Ar, com o tema Mente Presente, Mente Segura.
“A Verdade poderá ser compreendida quando a mente se posicionar suficientemente aberta para permitir que algo entre sem ser comparado com o passado.
As referências da Verdade deixadas em algum momento da história planetária poderão ser acessadas não porque os livros contêm as palavras ditas em algum momento, mas por ainda estarem presentes por serem a Verdade.
A Verdade é sempre presente e pode ser acessada”, disseram.
Diante dessa afirmação, precisamos usar toda sabedoria deixada, não para aumentar o repertório intelectual, mas para que esse conteúdo legado seja treinado e vivenciado, permitindo que a mente se aquiete a ponto de se buscar o contato com o que se é, de verdade, que está muito além do limitado sistema de crenças que cada um traz.
“Aprender com os verdadeiros legados deixados no mundo é mantê-los presentes e vivos em seu coração, em seus pensamentos e em suas ações para que continuem surtindo seus efeitos presentes através da sua continuidade representada em você”, ensinaram os consultores existenciais durante o programa.
Acessar o que se é, ou o Eu Sou, é o caminho para se buscar, no presente, o contato com a Verdade, que na verdade, o Eu Sou no presente é a própria Verdade manifestada. O caminho de sabedoria, assim com ensinou Jesus, é representar a Verdade sobre a Vida, e assim ser um caminho para que quem te assiste .
“A demonstração viva de ser a Verdade sobre o que se é e sobre o que todos são é, realmente, um caminho a ser seguido por todos que tomam a decisão de manter a mente presente e isso significa manter a mente constantemente focada em “Eu Sou” sem inventar coisas sobre o que não sou.
Dizer “Eu Sou” sabendo exatamente o que isso significa e sentindo isso em seu coração é manter a mente presente”.
É o estado de presença que traz segurança para a mente, pois é um lugar que não muda.
“O que somos em verdade, é inabalável e isso estabiliza a mente e garante a paz na mente que traz consigo a verdadeira segurança de se manter incólume no chamado tempo”, compartilharam.
A prática do estado de presença
Para se manter no contato com o que se é, é necessário treinar a mente, e a presença onde estiver, sobretudo, nos relacionamentos.
No programa, Kaw Yin e Yan Yin compartilharam algumas orientações. A principal delas está no exercício de se relacionar. “Se relacionar é colocar a mente em contato com o que está sendo apresentado. Se relacionar não é fazer julgamentos sobre o que está sendo apresentado”, disseram.
Esse contato pode ser alcançado a partir da observação do que está diante de você. Se estiver se relacionando com alguém, busque ouvir essa pessoa sem nada em mente. Sem nada do que pensa sobre ela, sem nada do que pensa sobre o assunto, sem nenhum passado. Ouça sem julgamentos.
“Você tem que escolher entre ouvir e julgar.
Você tem que escolher entre ouvir ou avaliar com base em suas crenças.
Enquanto você avalia, você não consegue ouvir.
Enquanto você avalia, a sua mente fala junto com quem está falando, mesmo que você não esteja emitindo sons.
A sua mente não consegue ouvir e falar ao mesmo tempo.
A sua mente não consegue ouvir e elaborar processamentos analíticos ao mesmo tempo”, explicaram.
A partir da escuta presente, você começa a localizar o eu sou, que se comunica também com o eu sou de quem está falando com você, que é o mesmo, e juntos acessar um lugar verdadeiro, de onde vem respostas verdadeiras e confiáveis. Daí a importância do contato.
O estado da mente presente e de não buscar o passado pode ser treinado todo o tempo, mesmo quando estiver sozinho nas cenas. É a partir do contato com o que Eu Sou que se tem a verdadeira intuição, e nesse estado é possivel olhar pra os pensamentos e detectar o que é e o que não é real, sem se prender a eles.
“E nessa imperturbável condição ser o que é, você vai poder se sentir assumindo uma postura de poder dizer com toda segurança:
“Eu Sou” e não me perturbo com ideias e conclusões inverídicas tanto sobre mim, quanto em meus relacionamentos comigo mesmo, com todos e com Deus”, concluíram.
O programa traz mais esclarecimentos sobre o lugar do Eu Sou, e como podemos praticar isso no dia a dia. Assista: