Roteiro do episódio #96 – Eu sou e eu pertenço ao infinito, do podcast Não Dá Para Desouvir, com Kaw Yin e Yan Yin.
Pertencimento. Essa é uma sensação que todos buscam no Universo. Pertencer à algo, à um grupo, uma instituição, uma filosofia, pertencer à alguém. Pertencer. Por que é tão difícil alcançar essa sensação?
No episódio de hoje vamos falar exatamente disso: EU SOU E PERTENÇO AO INFINITO
Neste mundo, o conceito de infinito não consta, pelo fato desse conceito não pertencer à base do sistema de pensamento que deu, ao mundo, uma falsa origem.
Por outro lado, a ideia de finito não consta na realidade à qual toda existência pertence.
Se existe é infinito, se é finito não existe, pois o finito não pertence à realidade da condição de existir e, se não pertence à base da condição de existir, então, simplesmente, não existe.
O sistema de percepção que percebe o mundo não percebe o infinito, porque foi feito para perceber o mundo e confirmar sua falsa origem.
Tudo o que é percebido no mundo é finito e isso tem que parecer real.
A realidade tem que parecer finita.
A realidade que é vista como finita não pode ser chamada de realidade pelo fato do finito não pertencer à base da condição de existir e existir é pertencer à realidade.
O que não pertence à realidade simplesmente não existe.
A partir desse entendimento fica fácil de compreender porque a sensação de pertencimento tão buscada por todos se torna tão difícil de ser sentida verdadeiramente.
Isso ocorre por não ser conciliável a ideia de finito e de pertencimento ao mesmo tempo.
A ideia de pertencimento não pode se tornar real enquanto não nos sentimos pertencendo à realidade e a realidade não contém a ideia de finito.
Não é possível sentir a real sensação de pertencimento enquanto nos sentimos finitos, pois a base da existência real não contém a ideia de finito.
EU SOU E EU PERTENÇO AO INFINITO PORQUE EU SOU INFINITO
Essa é a única concepção capaz de gerar real pertencimento.
Não é possível sentir pertencimento a algo que não pertença ao infinito.
Não é possível sentir pertencimento em relação a alguém que não pertence ao infinito.
Não é possível sentir real pertencimento ao que é finito, pois o finito não pertence à realidade.
Corpos são finitos e não geram pertencimento a nada real.
Se ver como um corpo é não sentir pertencimento a nada que seja real.
Ser diferente é ser limitado, pois a construção da diferença exige fronteiras que possam separar tudo o que é diferente.
Ser diferente é, necessariamente, separado e ser separado é não pertencer a nada, pois ser diferente é ser diferente de tudo.
A sensação de ser diferente e a sensação de pertencimento são inconciliáveis.
Ninguém pode pertencer ao diferente e nem pode querer que o diferente lhe pertença, pois é diferente e o diferente é separado e o separado não pertence.
Há uma escolha inevitável entre ser diferente e pertencer a algo ou quer que algo lhe pertença.
Ou não é diferente ou não pertence.
Ou não é diferente ou não pode pertencer a você.
Você nunca se sentirá pertencendo ao diferente de você.
Você nunca sentirá que o diferente pertence a você.
Somente o igual pode pertencer a você e você somente poderá pertencer ao igual a você.
Iguais não possuem fronteiras para separar as diferenças.
Iguais, não possuindo fronteiras, são infinitos e pertencem ao infinito.
Quando uma gota cai no mar ela é mar.
Quando a gota é gota ela se sente separada e separada seca e não dura.
Apesar disso, o mar também é finito e, então temos que ir além disso, pois não há metáforas no mundo que possam representar o que somos no infinito de nossa existência.
Precisamos eliminar da nossa mente a ideia de sermos diferentes e separados para podermos desfrutar do eterno pertencimento que nos faz ter o real conhecimento do que é AMOR.
EU SOU E PERTENÇO AO INFINITO PORQUE SOU INFINITO PORQUE PERTENÇO A DEUS E DEUS É INFINITO E COMPARTILHOU COMIGO A SUA INFINITA EXISTÊNCIA À QUAL EU PERTENÇO POR TODA A ETERNIDADE QUE É INFINITA.