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Climão de Elevador, quem nunca viveu isso?

Kaw Yin e Yan Yin

Kaw Yin e Yan Yin

Fundadores da Coexiste
Climao de elevador

Roteiro do episódio #62 – Climão de Elevador,  do Podcast Não Dá Para Desouvir, com Kaw Yin e Yan Yin: 

Olá…

Já falamos muito sobre as dificuldades de comunicação entre os seres humanos e hoje vamos falar sobre algo que as palavras podem não ser suficientes para comunicar uma questão que todo mundo conhece e que percebe em um clima que se estabelece nas relações e que ninguém acha confortável.

É o famoso “Climão de elevador”, e é sobre essa sensação que vamos falar hoje.

A expressão “climão de elevador” que escolhemos para falar disso, com certeza deixa bastante claro o assunto, mas se alguém tiver dúvidas, estamos falando da sensação que as pessoas sentem quando estão diante de outra pessoa, principalmente se não houver mais ninguém e, não conhecendo a pessoa, não há assunto para ser falado e nem se sabe se a pessoa está a fim de algum assunto, aí fica aquele clima.

Pois é… E enquanto o elevador se movimenta, fica um clima de não sei o que fazer com essa situação.

Isso não ocorre apenas em elevadores mas em qualquer situação onde haja falta de intimidade, falta de liberdade de expressão, sensação de não ser aceito, sensação de ser inconveniente, medo de ser invadido em sua privacidade ou de invadir a privacidade de alguém, sensação de estar falando coisas absurdas ou fora de contexto, sendo isso em relacionamentos de família, de casal, de trabalho, entre amigos ou entre desconhecidos.

Bom, parece que podemos considerar entendido qual é o assunto de hoje né?

Dificilmente alguém vai poder dizer que gosta dessa sensação.

Então vamos falar sobre causas e soluções que, com certeza vai facilitar os relacionamentos e evitar climas desconfortáveis.

De onde vem esse climão?

Primeiramente, temos que entender que todas as sensações desse tipo podem ser resumidas em simplesmente medo.

Podemos buscar outras palavras para definir sensações análogas, mas todas elas são facetas do medo.

Outra coisa a ser entendida de forma totalmente genérica é que o medo é o oposto do amor. Sim o oposto do amor é o medo. 

Outra coisa ainda que precisamos admitir é que o medo é voluntário.

Sim, você põe o medo nas relações e nas situações.

Portanto, se o medo é voluntário, também é voluntário retirá-lo da cena, dos seus relacionamentos e da sua mente.

Como fazer isso?

O primeiro passo é não ver ganhos em colocar o medo nas relações, visto que, se você põe é porque vê motivos e vantagens nisso.

Vamos então falar sobre motivos e vantagens que parecem ser justificáveis:

Se queremos nos relacionar sem medo, há ideias que foram estabelecidas na cultura humana e que precisam ser revistas e retiradas da mente por não serem reais.

Ideias como: 

  1. Não posso confiar em ninguém,
  2. Eu sou errado, 
  3. É melhor manter a privacidade dos pensamentos, 
  4. Tudo que eu disser pode ser usado contra mim, 
  5. Não posso falar com desconhecidos, 
  6. Ninguém pode gostar de mim sem interesses, 
  7. Não tenho nada de bom para oferecer agora, 
  8. Em determinados momentos, não sou importante, ou até – eu nunca sou importante
  9. Há pessoas mais importantes e menos importantes, 
  10. Cada um que cuide da sua vida e não se meta na vida dos outros, 
  11. Sou inconveniente, 
  12. Sou indesejável, 
  13. Não sou uma companhia desejável, 
  14. A presença de certas pessoas me incomoda, 
  15. Sou menos importante que outras pessoas, 
  16. Sou uma companhia menos desejada do que outras pessoas, 
  17. Prefiro ficar sozinho,
  18. Preciso me defender dessa pessoa,
  19. Essa pessoa compete espaços e oportunidades comigo, 
  20. Essa pessoa atrapalha meus planos.

Com essas ideias na mente é impossível não sentir climas desagradáveis nos relacionamentos.

Essas ideias precisam ser substituídas por conceitos verdadeiros que, se assumidos, eliminam naturalmente as ideias trazidas pelo medo nascido no egocentrismo ou na equivocada ideia de individualidade.

Conceitos verdadeiros:

  1. A vida é indivisível e, portanto, ninguém é separado de ninguém,
  2. Ninguém ocupa lugares que deveriam ser meus,
  3. A verdade não precisa de defesas,
  4. Somos todos interdependentes e interligados pela própria vida e pela própria existência que é única e una entre todos e com a Fonte da Criação de toda a Realidade e que chamamos de Deus.
  5. Ninguém é responsável pelas sensações que sinto.
  6. Somos livres em nossas decisões em todos os níveis de consciência.
  7. Ninguém controla ninguém.
  8. Os pensamentos com os quais escolhemos nos identificar e que permitimos que habitem em nossa mente, definem a frequência que ajusta e compõe os meus cenários.
  9. Eu posso parar de me isolar mentalmente e passar a ver os fatos como realmente são.
  10. A Verdade sobre tudo sempre está a meu favor.
  11. Os meus desconfortos são resultados da minha interpretação dos fatos.
  12. Eu posso parar de interpretar e ver os fatos como são.
  13. Há pessoas que me amam e me admiram e há as pessoas que não me conhecem e entre elas estou eu mesmo.
  14. Tudo é Amor. Ou é Amor, ou é pedido de Amor
  15. É impossível conhecer a Verdade sobre alguém e não amar e admirar.
  16. Os meus relacionamentos me salvam.
  17. O relacionamento é natural da Vida, já que somos todos a mesma Vida.
  18. A Vida que está em todos é a mesma e única Vida compartilhada com Deus e a partir de Deus.
  19. A Vida não tem opostos. A Vida é eterna, é invulnerável, é real e as leis da realidade são inquebrantáveis.
  20. Eu Sou Amor e nada mais.

Sabendo que essas ideias verdadeiras estabelecem a realidade da sua existência, todos os seus relacionamentos podem ser vistos com outros olhos radicalmente diferentes.

Ninguém ameaça os seus interesses. Ninguém é teu inimigo. Você só precisa olhar direito, sem ideias pré-estabelecidas, sem o passado que ficou pra traz e sem o futuro que ainda não chegou.

Não faça julgamentos antecipados diante de qualquer pessoa, apenas olhe imparcialmente e veja, no presente, qual é a representatividade dessa presença na sua cena e na sua Vida, assim como a sua representatividade na cena dela e na Vida dela. Faça de todos os encontros um exercício da visão e da vivência da Verdade sobre a Vida e sobre os relacionamentos.

Se você conseguisse compreender todos os fatores envolvidos em todos os encontros, você apenas agradeceria e se tornaria devoto a todos eles e, desta forma, alcançaria constantemente uma Vida totalmente inspirada, o que traria alegria verdadeira, confiança, segurança e muito prazer de viver em constante estado de total ânimo e liberdade para ficar a vontade diante de pessoas conhecidas ou não.

Então, mesmo não compreendendo tudo o que você vê, apenas treine eliminar as 20 primeiras ideias equivocadas e aceitar as 20 ideias verdadeiras e observe o resultado no clima dos seus relacionamentos.

Sempre que estiver diante de alguém, conhecido pra você ou não, saiba que essa pessoa não está em sua frente por acaso. Demonstre a sua gratidão, o seu Amor e o seu carinho sendo livre para isso que é o seu natural.

Nenhum encontro é por acaso e todos os encontros estão a seu favor mesmo que você não perceba isso.

Agradeça, queira ver o que está na cena, confie e sinta o prazer do relacionamento com a Vida. 

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