Quem não guarda secretamente um desejo de ter um super poder? “Ah, se eu tivesse o poder X seria tão bom!!”? Se crescidos, flertamos com isso, quando a gente é pequeno, isso pode dar asas à imaginação. Ou ajudar a lidar com o que acontece de um outro jeito!
À medida que as aulas do Curso de Teatro Kids da Coexiste avança, começou o momento de desenvolvermos uma história para nossa peça de teatro. Zoológico e safari foi o tema escolhido!
Para os personagens, uma única direção: vocês podem ser qualquer coisa dentro de um zoológico e de um safari!!
A partir disso foi a hora de inventar: “quero ser um abacaxizeiro bem alto!!”. “Quero ser uma borboleta drone!”. “E se eu for um cacto?”.
Bom, e todos foram criando os seus personagens, do jeitinho que quiseram! Entre iguanas, dragões de komodo, macacos, coalas, onças e girafas, logo veio a ideia dos superpoderes: “O meu bicho pode soltar pérolas pelas mãos, e os bichos escorregam!”.
Diante dessa sugestão, decidimos então, dar superpoderes emocionais para eles. A gente lembrou que todo super herói tem um poder para salvar as pessoas. E aí, com a ideia do super poder emocional, falamos para eles: “Vocês vão pegar o que há de verdadeiro dentro de vocês e ajudar as pessoas a aprenderem que também têm isso!”.
Para designar os superpoderes dos personagens, olhamos para cada um dos alunos, e identificamos características que eles trouxeram em aula, considerando seus potencias e dificuldades, e escolhemos para seus respectivos personagens superpoderes que os ajudassem a vencer essas dificuldades e a incentivar a entrega desses potenciais.
Com isso, tivemos a girafa filhote do Bernardo, que tem o poder de tirar o medo das pessoas. Quando os bichos chegam perto dela, eles ficam tranquilos, porque não têm medo. Temos a onça da Isabela, que é positiva, e vê o lado bom das coisas. Tem o coala disponível, que está sempre pronto para ajudar.
Quando chegou o dia de contarmos para eles qual poder cada personagem tinha, até rolou uma dúvida se poderia gerar algum tipo de comparação. Mas a escolha foi tão para cada um deles mesmo, que eles ficaram muito felizes!
Foi uma alegria para cada um deles dizerem, orgulhosos, o que poderiam fazer e reconhecer, em si isso. Por exemplo, a borboleta drone recebeu o poder de ser legal, e onde ela chega, as pessoas ficam alegres, e curtem! O Cauê, que recebeu isso, vibrava: “Eu sou legal mesmo!!!”.
Os ensaios têm rolado, e o que eles receberam, começou a mudar a visão que eles têm sobre eles mesmos. Os resultados vieram de formas diversas. Um deles, bem sutil, da Paula, que o personagem dela, a iguana, ela tem o poder de ser importante e lembrar que todos são importantes. Então, se em algum momento ela se dispersa na aula, quando a gente a chama e fala da iguana, ela logo se reintegra na aula, e super disponível: na lembrança de que a presença dela é sempre muito importante.
E outro dia, uma mãe deu o feedback para gente. A Isabela estava em casa, e, ao ser picada por um inseto, teve uma reação alérgica no olho, o que gerou uma ida ao médico, e tomar injeção. Quando foram almoçar no local que ela escolheu, ela disse para mãe: “Hoje é o melhor dia da minha vida!”. A mãe questionou a razão, afinal, ela tinha acabado de ir ao médico. Ao que ela respondeu: “eu sou a onça, eu sou positiva e vejo o lado bom das coisas. E vejo mesmo! “.
São superpoderes que eles já levam e levarão pela vida!