No dia a dia, por mais que a sua mente fique focada na sua agenda, nas suas sensações, nas pessoas que você escolheu ter por perto, e fazer parte do seu círculo daqueles que são importantes para você, existe um contexto que o circunda. A sua casa, o seu prédio, o seu trabalho, o seu bairro, a sua cidade, o seu país, o seu planeta. Agora o quanto de contato você tem com essas coisas todas?
Se olhar rápido, num primeiro momento você pode até achar que tem bastante. Afinal, você se preocupa com as pessoas próximas, fica atento aos prazos do trabalho, e precisa considerar as pessoas à volta quando anda na rua, ou dirige. E até lê notícias para saber o que está acontecendo de relevante na sua cidade, no seu país, no mundo. E essa pandemia que estamos vivendo deixou bem claro que o que acontece em uma cidade do outro lado do globo pode interferir nos seus planos sim.
Mas será que essa sua consideração do contexto se traduz em contato com as pessoas e com as coisas? Até com os que são importantes para você? Uma dica boa: todas as interações que você tem com o contexto te deixam plenamente realizado? Se não, então não está rolando contato.
Parece que fez menos sentido ainda, né?
Então vamos entender o que é contato e por que é tão importante querer isso nos seus dias. A resposta tem a ver com a pergunta anterior: se não rolar contato, você não vai se sentir realizado, pleno, feliz como você tanto deseja. Mas olhemos para alguns pontos importantes.
Primeiro precisamos entender como se dá a sua interação com as pessoas. Quando você conversa com elas, você consegue zerar absolutamente a sua mente, e não comparar as informações que recebe com os dados que você já tem na mente? Você consegue ouvir perfeitamente o que está sendo dito, e receber todas as expressões de pensamentos nas imagens com a certeza de ter localizado tanto o endereço das informações quanto quem está emitindo essas ideias?
No episódio 515 do programa A Verdade Está No Ar, com o tema Contato, Kaw Yin e Yan Yin, fundadores da Coexiste, explicaram que contato só acontece quando você localiza o que está além dos dados.
“Dados são ideias, e ideias são produtos da mente sem compromisso com a realidade. E todo processamento de ideias envolve comparação com referências passadas. Logo, as leituras que se faz por meio desse processo, utiliza e sustenta as mesmas bases. Gera-se novas combinações, mas sem modificar as bases”, explicaram.
Mas o que isso tem a ver com meu dia a dia? Você deve estar se perguntando. Tudo o que você percebe, você faz esse processamento e compara com o passado, sustentando a sua base de pensamentos, que geram sempre as mesmas sensações, e impedindo que você tome contato com o que é real. Afinal, você fica preso às ideias, que, como disseram Kaw Yin e Yan Yin, são produtos da mente sem compromisso com a realidade, daí a sensação de não realização e da eterna busca por isso.
Contato para inovar
Viver com base no processamento de ideias nos dá a ilusão de que essa é nossa existência, e daí não buscamos o contato com nossa real existência, que nada tem a ver com as ideias. E é isso que precisamos mudar. A nossa base precisa deixar de ser as ideias, para ser a nossa existência. Precisamos discernir o que somos de fato das ideias conflitantes que temos sobre tudo, inclusive sobre nós mesmos.
“Nós vamos ter que manter a mente absolutamente aberta. Quando você decide pela verdade, as coisas chegam para você, chegam pessoas, informações, tecnologia, chega tudo que precisa para conseguir o discernimento. Quando tomar essa decisão, você vai receber o que pediu, e tudo que precisa é isso”, esclareceram.
Somente mudando as bases poderemos trazer uma verdadeira inovação para o mundo. Enquanto as bases se mantiverem as mesmas, o que há são tentativas de novas combinações dos mesmos dados, gerados a partir das mesmas bases.
Para realmente mudar, precisaremos buscar o contato com o lugar de uma resposta indubitável, onde há uma premissa absoluta. No programa, Kaw Yin e Yan Yin utilizaram o exemplo do filósofo Rená Descartes, que buscou uma premissa indubitável para poder olhar para todas as coisas: a existência, daí o “Penso, logo existo”. Só posso pensar porque existo.
Se determinar a alcançar esse lugar é uma decisão de cada um, mas uma vez tomada, não falta ajuda para que se alcance a Verdade do que somos, e do que tudo é. Afinal, isso nunca mudou, e isso nos pertence, e a única coisa que impede esse contato são as ideias que temos. E a partir dessa decisão, podemos olhar para todos os dados e perguntar como utilizá-los de maneira a beneficiar a nossa existência.
“O contato com a verdade virá para todos que se abrirem para isso. O universo possui tudo o que queremos saber, é só nos abrirmos para o contato. É hora de se abrir. É hora de manter a mente presente. É hora de se inspirar para o verdadeiramente novo. É hora de usar tudo o que temos em nossos potenciais pessoais, coletivos, tecnológicos, assim como em nossas relações e em nosso cenário, para investirmos no que, de fato, realiza por convergir com as bases da realidade”, compartilharam Kaw Yin e Yan Yin ao final do programa.
Para acompanhar toda a construção do programa e entender mais profundamente o tema assista na íntegra: