Roteiro do episódio #229 – Jesus, o Caminho, a Verdade e a Vida, do podcast Não Dá Para Desouvir, com Kaw Yin e Yan Yin.
Quando decidimos por uma meta, precisamos, a partir dessa decisão, apenas de um caminho, pois a decisão pela meta já foi tomada.
Essa é a única condição que dá sentido ao posicionamento de Jesus ao se colocar como “O caminho, a verdade e a vida”.
O que significa isso em nossa vida e em nossas decisões cotidianas?
Significa que, a todo o tempo em todos os nossos dias, estamos tomando decisões, e se tomamos decisões, é porque temos alguma meta que orienta essas decisões.
Jesus tomou uma decisão e passou a ser um exemplo a ser seguido por todos que tenham tomado a mesma decisão.
Que decisão é essa que Jesus tomou e que faz dele um exemplo a ser seguido?
Jesus decidiu pela vida.
Como assim? Todos que estão vivos parecem ter decidido pela vida, afinal estão vivos.
Eis aí o entendimento a ser buscado para compreender a grandeza da disponibilidade de Jesus para com seus irmãos e para com os seus discípulos.
Decidir pela vida não é estar aparentemente vivo, pois isso todos o fazem.
Decidir pela vida é decidir por viver a vida como a vida é.
Isso é radicalmente diferente de usar a vida para experimentar mentalmente os pensamentos que se tem sobre a vida, sem saber o que a vida é e qual é o seu real propósito.
Como assim, do que estamos falando?
Antes de mais nada, é necessário abrir os olhos e a mente para um fato básico:
A vida não foi gerada por quem está de posse da vida pensando no que decidiu pensar.
Quando Descartes disse: “penso, logo existo”, ele se viu existindo pelo fato de estar exercendo a sua possibilidade de pensar, que necessita existir para poder pensar.
Nesse momento ele percebeu a si mesmo como alguém que existe, que possui a vida e que pensa. Nesse momento ele habilitou-se para mais uma constatação: possuo uma existência viva que não fui eu quem criou. Nesse momento ele pode ter a certeza de que a gratidão faz todo sentido, porque, tendo sido criado, pode ver que a vida que nos faz existir nos foi dada como o maior de todos os presentes.
Porém, para vivenciarmos esse presente, precisamos ter contato com o presente que recebemos da Fonte da nossa vida, ou seja, de Deus.
Essa é a decisão que Jesus tomou e que justifica sermos seus discípulos: Jesus não somente viu que existimos e que pensamos, como também decidiu viver esse presente exatamente como é.
Jesus decidiu viver esse presente que recebeu de Deus.
Jesus decidiu manter a sua mente constantemente presente para usufruir da vida que recebeu de Deus.
Essa é a decisão que nos devolve plenamente a paz e o contato com o Amor de Deus que Deus compartilhou com a Sua Criação.
Jesus é, portanto, o caminho para o resgate da consciência e do contato com a vida tal como a vida é.
Jesus é o caminho para o renascimento para a vida e para o contato com o amor e a paz que Deus compartilhou quando nos deu a vida que define a Sua Própria Existência.
É isso que nos traz a mais legítima sensação de existirmos e de sermos vivos quando entramos em contato com Jesus.
Jesus é a própria disponibilidade sempre acessível para que possamos ter contato com o Amor de Deus que define a Vida que Deus compartilhou com todos nós.
Jesus é o exemplo vivo do resgate dessa conexão com a Vida que nos faz existir.
Estar em contato com Jesus é estar em contato com a vida.
Ter Jesus como um caminho é ter a certeza de que a vida é feita de amor e de paz, porque é isso que Jesus compartilha com todos que o seguem.
Se queremos seguir Jesus para alcançar o real contato com a vida, precisamos, antes de mais nada, confiar que sua promessa de que vai nos atender será sempre cumprida.
Jesus jamais falha em cumprir suas promessas.
Neste mundo estamos constantemente nos relacionando com nossos irmãos que são criações de Deus tanto quanto cada um de nós.
Se nos colocarmos em todas essas relações como discípulos de Jesus, estaremos vivenciando essas relações junto com Jesus que prometeu que estaria sempre presente em todas as relações vivenciadas em seu nome: “onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, ali eu estou no meio deles”.
Se nos colocamos à disposição para nos tornarmos representantes de um canal de compartilhamento do pensamento de Jesus no mundo, estamos nos propondo a trazer o pensamento de Deus para o mundo porque essa é a decisão de Jesus.
Jesus é a representatividade absolutamente fiel do pensamento de Deus.
Ao nos lembrarmos de Jesus, estamos também nos lembrando de Deus.
Ao colocarmos Jesus em nossa mente estamos colocando Deus em nossa mente, pois estamos seguindo o contato com a mente de quem mantém a mente permanentemente conectada com Deus.
Jesus é o caminho para o amor.
Jesus é o caminho para a paz.
Jesus é a paz do caminho.
Confiar em Jesus é adotar a paz no caminho.
Ter fé em Jesus é retirar da frente as preocupações que trazem o medo e nos afastam do amor.
Ter a mente em Jesus é ter paz na mente.
Ter o coração em Jesus é ter o coração em perfeito estado de amor.
Ser grato a Jesus é aceitar a sua companhia fiel e a sua orientação para nos mantermos unidos em uma única meta que é a conexão com Deus.
Vamos então nos entregar a esse caminho e a esse estado de confiança que está à nossa disposição sempre que decidimos por Jesus como a referência fiel e perfeita para o contato com Deus e com a Vida que Deus nos deu para que compartilhemos com Ele a unidade da existência em perfeito estado de Amor e de Paz:
Vamos exercitar diariamente essa entrega e essa confiança, mantendo em nossa mente o seguinte:
“Jesus, eu lhe entrego a minha confiança para que eu possa compartilhar a sua mente constantemente focada na mente de Deus.
Jesus eu lhe peço que esteja sempre presente em minha mente em todos os momentos e em todos os meus relacionamentos, para que eu possa entregar a todos, tudo o que você entrega a mim.
Jesus eu quero compartilhar a sua paz com os meus irmãos para que eu possa ter a certeza de que a sua paz está em mim porque é tão minha quanto sua quanto de todos que compartilham a Criação de Deus.
Jesus, obrigado por sua companhia infalível em minha mente toda vez que eu lhe procuro.
Obrigado Jesus por me entregar a confiança de que procurar pela sua mente é encontrar a mente de Deus.”
Vamos manter esse pedido e essa gratidão em nossos dias, e que Jesus participe de todas as nossas relações.
Fiquem com Deus.