Roteiro do episódio #219 – O dia a dia com Deus, do podcast Não Dá Para Desouvir, com Kaw Yin e Yan Yin.
O assunto de hoje é a coisa mais importante em nossa existência e que, em nossos dias, parece escapar muitas vezes das nossas mãos.
Hoje vamos falar sobre a relação com Deus em nosso dia a dia e em nosso sistema de percepção.
Deus está sempre entre as palavras mais buscadas no Google e, com certeza, é algo que está na vida de todos, mesmo que em níveis inconscientes, pois não há como existir sem a Fonte da Existência.
Por mais que estejamos desconectados de Deus, em nosso consciente, jamais nos separamos e jamais nos separaremos, pois existimos em unidade com Deus e isso nunca vai deixar de ser a nossa imutável realidade, o que nos permite a segurança real de que somos eternamente protegidos em nossa existência.
Mas, em nosso dia a dia, contar com Deus não parece tão simples quanto ligar para um amigo ou um familiar para pedir ajuda. Basta ligar ou ir ao encontro dessa pessoa e conseguiremos falar com ela de forma perceptível pelos nossos sentidos e, no mínimo, poderemos saber se essa pessoa pode nos ajudar ou não e de que forma.
Mas, se existimos em unidade com Deus, como podemos obter a ajuda de Deus constantemente e de uma forma que possamos senti-lo em nossa vida para que possamos nos orientar de forma segura e precisa?
Jesus disse: “Buscai primeiro o Reino de Deus e a Sua justiça e todas as coisas vos serão acrescentadas”.
Jesus disse isso porque vivia e vive isso constantemente. Se ele disse isso para os seres humanos é porque essa possibilidade existe para os seres humanos. Ele disse que todos podem fazer como ele faz.
Jesus não ensinaria o impossível. Porém, como podemos alcançar isso? Como seriam esses passos?
Em um mundo percebido pelos sentidos, como podemos sentir Deus como a realidade da nossa existência tão eterna e tão perfeita como Ele Próprio?
O mundo que vemos é um mundo dos começos e dos fins, é o mundo do perecível, do mutável, no qual não há segurança de continuidade de nada que estimamos, sejam coisas ou relacionamentos.
Tudo pode mudar ou acabar a qualquer momento.
Onde entra Deus em tudo isso que percebemos no mundo com os nossos sentidos e como podemos contar com Deus para sabermos o que é realmente este mundo, o que estamos fazendo aqui, para onde iremos e o quanto podemos ter de certeza ou de esperança de um dia sermos plenamente felizes de modo permanente?
Se queremos respostas verdadeiras, se queremos respostas baseadas em realidade, precisamos admitir que queremos essas respostas acima de tudo, pois não podemos gerar concorrência entre as respostas verdadeiras e as ilusões que ainda queiramos manter em nossa mente por algum motivo.
“Não dá para servir a dois senhores”, ou seja, não dá para pedir a verdade e manter ilusões porque a verdade nos traz os fatos como realmente são e anula as ilusões que construímos sobre os fatos através de percepções distorcidas.
Sendo assim, querer a presença de Deus em nossa vida é querer a verdade em nossa vida. Não podemos pensar que Deus manteria ilusões em nossa mente se O convidássemos para unir nossos pensamentos com os pensamentos Dele.
Como proceder a partir da decisão de pensar com Deus?
Tudo que queremos fazer com maestria exige treinamento e, alcançar essa postura mental de pensar com Deus exige treinamento regular e constante, até que seja natural em nós essa prática de compartilhamento da mente com a mente de Deus que, na realidade é a mesma e única mente.
Quando dirigimos os nossos sentidos para qualquer situação, estamos construindo uma forma de perceber.
Não é difícil de identificar que quando buscamos saber do que se trata qualquer situação, iniciamos um processo de julgamento sobre os fatos. Esse julgamento ocorre a partir de uma referência que buscamos no passado para acreditarmos que conseguimos dizer o que as coisas são no presente.
Pense um pouco:
O passado é algo que passou e não existe mais, se é que um dia existiu.
Deus não é algo que passa e deixa de existir.
Deus nunca deixará de existir.
Deus é eternamente presente.
Se Deus é eternamente presente e queremos uma resposta de Deus, não podemos buscá-la no passado porque a resposta tem que estar no presente para falar sobre coisas presentes. Sendo assim, precisamos treinar nossa mente para se manter no presente, pois se queremos Deus, temos que assumir que é no presente que vamos encontrá-Lo.
Então, não deixe que a sua mente vá para o passado para saber o que as coisas são. Mantenha a mente presente porque Deus está sempre no presente.
Não temos a intenção de resolver isso em um podcast, mas podemos sugerir essa prática como um caminho a ser adotado com a meta de manter a mente em Deus, assim como um parâmetro de busca para treinamentos, caso você decida corrigir a percepção até conseguir manter a sua mente presentemente conectada com a mente de Deus.
Treinamentos sobre essa busca após a decisão pelo encontro com a mente de Deus, existem muitos e você vai permitir que esses recursos cheguem até você na medida em que você elimina suas dúvidas a respeito de suas metas. Estabelecida a meta de manter Deus na mente, as ferramentas não faltarão.
Pense um pouco consigo em sua própria mente:
Eu quero ser feliz? Eu quero viver em paz? Eu quero viver no Amor?
Se a resposta é indubitavelmente sim, você terá que assumir que é o que você quer, mas não sabe como.
Não é difícil de assumir que você não sabe porque, se soubesse, já teria feito.
Em seguida admita:
Eu não sei, mas Deus sabe.
Se Deus sabe as respostas que me trazem felicidade, eu não teria motivos para não me dedicar fielmente a esse contato com Deus para ser instruído sobre como alcançar o que é a minha própria vontade que não é diferente da vontade de Deus, já que somos uma extensão de Deus.
Pense nisso todos os dias quando acordar e antes de dormir e se sentir vontade de pensar em momentos do seu dia quando o medo te alcançar. Escolha pensar com Deus e os caminhos de treinamento se mostrarão diante de você para trazer a sua decisão para mais perto até se tornar uma forma de viver que, na verdade, é a sua própria natureza divina que estava apenas esquecida.