O que te faria seguir uma inspiração, vinda de repente, trazendo poucas respostas, mas muitas certeza, e que poderia mudar a sua história completamente? E o que isso tem a ver com frequência? Esse é o mote do filme Campo dos Sonhos, lançado em 1989, e disponível na Netflix. Ray Kinsella (Kevin Costner) tem uma trajetória comum, de crescer, fazer faculdade, casar e ter filho, e vive com a esposa e a filha numa fazenda em Iowa, nos Estados Unidos. Aos 36 anos, enquanto cuida do seu milharal, ele ouve uma voz dizendo: “se construir, ele virá”.
Intrigado com isso, e com medo de passar a vida sem vivê-la, de fato, o personagem tem o apoio da família para seguir essa inspiração, que resulta na construção de um campo de beisebol no meio de sua fazenda.
O filme é muito bonito, e traz essa sensação gostosa de confiança, de seguir a inspiração e ter vivências incríveis, a despeito do que todos pensam, sem compreender a fundo o que está acontecendo.
A decisão por passar o Campo dos Sonhos mais uma vez na CineAula da Coexiste (sim, foi a quarta vez que passamos!) veio em função da importância desse tema: construa que eles virão.
“Esse é um filme que sempre nos inspirou. A gente sempre teve isso na mente, quando a gente se reencontrou em 2006 e começou a trabalhar em 2007, isso foi muito claro, que a gente precisava construir uma egrégora para que seres dessa frequência pudessem vir”, disse Yan Yin.
“A gente construiu a Coexiste para que as pessoas que tivessem isso em mente pudessem vir. As pessoas têm um chamado dentro de si, e elas vão indo, até que elas chegam num lugar. E a gente quis construir um lugar para que as pessoas pudessem encontrar as respostas sobre a realidade”, inteirou Kaw Yin.
Os elementos trazidos pelo filme foram didaticamente utilizados por Kaw Yin e Yan Yin para poder fazer um paralelo para a retomada da consciência do contato com a realidade, que acaba com todos os conflitos.
No filme, depois que Ray constrói o campo e já tem contato com os jogadores de beisebol, ele recebe novas instruções. Uma delas é “alivie a sua dor”, e outra é “vá até o fim”. Inspirações que o fazem viajar em busca de outros personagens.
O conflito basal
Nos comentários da CineAula, Kaw Yin e Yan Yin traçaram o paralelo de ir até o fim, e o fato de todos os personagens apresentarem questões mal resolvidas com o que vivemos no dia a dia. Todos se sentem em conflito e precisam ter disposição de ir até o fim nas conversas para solucionar a questão.
“Todos têm uma coisa mal resolvida com a sua origem. O conflito humano está no conflito entre o que todos são e o que todos pensam sobre si mesmos. Uma coisa é o que você é e outra coisa é o que você pensa. E dentro do que pensa, está o que você pensa sobre você, o que você acredita sobre o que você é, que não é o que você é.
Você é a própria Criação, não foi você quem se fez existir. Independente do que você pensa, você existe, mas não foi você quem se fez existir, você não criou a sua existência. O conflito interno que todas as pessoas carregam consigo é o conflito entre o que elas são, e o que pensam que são, elas vivem de acordo com o que pensam que são. E qual é o final de tudo?
O reencontro com sua própria realidade. Aquilo que Deus criou continua sendo a realidade de todos, e todos, independente de quando, retornarão ao conhecimento do que realmente são. Todos têm essa coisa para resolver esse destino de todos, independente de quanto tempo isso leve. O fim de toda essa condição é o retorno da consciência ao que todos são. Ao encontro do que Deus pensa sobre você, e o que você viu que você é”, explicou Kaw Yin.
Aliás, no filme, o fato de os jogadores que apareciam no campo construído questionarem se ali era o Paraíso pode ser comparado com a sensação de ter suas dores curadas.
“O sonho de todo mundo é a cura, as pessoas acreditam que querem coisas no mundo porque elas acreditam que aquilo vai gerar alguma cura que vai deixá-las felizes. Mas o que gera o estado feliz é a retirada de equívocos da mente, por isso que o paraíso tem a sensação de cura”, esclareceu Yan Yin.
Ajuste sua frequência
Por fim, com a frase pela qual o filme é conhecida, “construa que ele virá”, Kaw Yin e Yan Yin aproveitaram para falar sobre a frequência que te traz resultados correspondentes. Quando compararam com a construção da Coexiste, tem a ver com isso, de estabelecer um endereço mental, uma frequência, que permitisse que as pessoas afins com o que ensinam, pudessem chegar. E que todos podem fazer isso conscientemente.
“No filme, o fato de eles não poderem atravessar os limites do campo, é porque ali tem uma frequência específica, tanto que algumas pessoas podem ver o jogo acontecendo e outras não. Quem está naquela frequência pode ver. O que colocaram no filme é muito assim, você constrói um ambiente mental, e as pessoas que vão chegar têm a ver com isso, e as pessoas que têm a ver com isso, verão. As suas sensações que determinam sua frequência e quando você vê, você está com pessoas, e cenários que têm a ver com a sua frequência. Como a gente está alinhado pela frequência, a gente precisa cuidar muito com o que a gente sente e pensa.
Por isso a gente insiste em dizer para as pessoas assumirem uma postura de não julgar, não reclamar, mas de uma maneira consciente. Existe um fundamento para isso. Você tem que compreender o que é aquela cena. Se está numa cena que te gera medo e não julgar, no não julgamento você entra no amor, e o amor vai fazer você enxergar e compreender a cena. É ficar cada vez mais consciente das sensações, para que você tenha consciência da egrégora que está gerando”, ensinaram.