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Somos todos iguais, o que significa isso?

Kaw Yin e Yan Yin

Kaw Yin e Yan Yin

Fundadores da Coexiste
Somos todos iguais

Roteiro do episódio #76 do podcast Não Dá Para Desouvir, com Kaw Yin e Yan Yin.

Muitos já falaram que somos todos iguais e somos mesmo, mas como compreender isso de verdade e definitivamente?

Não sabemos o quanto cada um olhou para isso e quais dúvidas que já tiveram, mas se você já olhou, nunca surgiu a dúvida sobre: se somos todos iguais, somos iguais a quem, quem é a referência dessa igualdade?

Talvez você não queira se sentir igual a quem você discorda radicalmente, mas há alguém que poderia ser a referência da condição na qual somos todos iguais?

Você acredita que pode haver alguém que você gostaria de ser igual a ele?

Além disso, o que é ser igual?

Ser igual é ter a mesma aparência física?

Ser igual é pensar igual?

Você consegue se imaginar plenamente satisfeito sendo a imagem física de alguém ou passando a pensar exatamente igual a alguém?

Você se sente plenamente satisfeito sendo a imagem que hoje você vê quando olha no espelho ou a imagem que você vê quando olha para uma foto de algum momento do seu passado?

Você se sente plenamente seguro sendo um corpo?

Você se sente plenamente em paz sendo um corpo?

Você tem alguma expectativa de parar de sentir medo, se vendo como um corpo?

Você tem expectativa de ser plenamente feliz?

Se você tem expectativa de ser plenamente feliz, então você tem expectativa de viver plenamente em paz, em plena segurança e sem medo.

Mas se essa condição é impossível para quem é um corpo, a única saída para você continuar, mantendo de forma realista, a expectativa de ser plenamente feliz, é abrindo a mente para outras possibilidades, que começam com a possibilidade de parar de acreditar que você é um corpo.

Se você tem expectativa de ser feliz e, para isso você precisa ter paz e segurança em sua mente, e precisa, também, se livrar do medo, você precisa abrir a sua mente por mais um motivo que é: poder olhar, também para o fato de não conseguir se ver plenamente satisfeito em pensar exatamente igual a uma outra pessoa que não é você.

Você não consegue se imaginar feliz nessa condição de pensar igual a outra pessoa, mas não consegue, também, ser feliz pensando tudo como você pensa.

Isso significa que você não quer pensar exatamente como outra pessoa e nem como você mesmo pensa, se é que você quer ser realmente feliz e, com certeza, você quer mesmo.

Mas, se cada um é o que pensa e ninguém consegue ser feliz com o que pensa a partir das bases do pensamento humano e, se todos querem e podem ser felizes, isso significa que precisamos, também, questionar o quanto somos realmente o que pensamos.

Chegamos então em duas bases fundamentais para compreendermos, tanto o caminho da felicidade, quanto o fato de que somos todos iguais.

Temos, necessariamente, que abrir a mente totalmente para admitirmos, então, que não somos o corpo que estamos usando e, também, não somos o que pensamos.

Isso é uma boa notícia, diante do fato de que não nos sentimos plenamente satisfeitos, completos e seguros nos vendo como sendo esse corpo que usamos e esses pensamentos que pensamos. 

Se não somos nenhuma das duas coisas, abre-se diante de nós, novas possibilidades de sermos todos iguais e plenamente felizes.

Como seria isso então, a partir de admitirmos que não somos o corpo e não somos o que pensamos?

A única forma de nos livrarmos da ideia de sermos um corpo e de sermos o que pensamos é admitir que fomos criados por Deus e exatamente iguais a Ele.

Deus é nossa Fonte de existência e, em cujos pensamentos, estão todas as respostas que precisamos em todos os momentos e em todas as relações.

Deus é um corpo? Obviamente não. Se Deus não é um corpo, nós também não somos.

Deus é espírito e se Deus é espírito, nós também somos e o espírito é eterno e imutável.

Deus é seguro? Obviamente sim. Se Deus é seguro por ser o que é, nós também podemos ser seguros sendo como Ele.

Deus sente medo? Obviamente não. Se Deus não sente medo e fomos criados como Ele, então também podemos sim nos livrar do medo, confiando que Deus nos criou tão invulneráveis como Ele e, isso tem a ver com o fato de não sermos um corpo e não sermos o que pensamos porque Deus não pensa como nós pensamos.

Como Deus pensa então?

A partir dessa constatação, passamos a ver como única saída, admitir que não somos um corpo e que temos que saber o que Deus pensa porque, tendo Ele nos criado como Ele Mesmo, os nossos pensamentos têm que, necessariamente, ser iguais aos pensamentos Dele.

Ser feliz, então começa em admitirmos que somos iguais a Deus e pensamos igual a Deus. 

Se não estamos plenamente felizes, é porque não estamos levando isso em conta e estamos passando os nossos dias sem o contato direto com isso que é a nossa realidade.

Reconectar com isso passa a ser, dessa forma, o mesmo que buscar a felicidade e o mesmo que nos vermos como iguais pois, se somos iguais a Deus, todos somos iguais entre nós e, sendo iguais não podemos estar em desacordo nem entre nós e nem com Deus.

Isso significa que, se estamos em desacordo entre nós, é porque não colocamos Deus em nossas relações, pois, o pensamento de Deus é nosso ponto de concordância.

Podemos admitir que não concordamos entre nós em algum momento, em algum assunto, mas não podemos admitir que não concordamos com Deus.

Se buscarmos o pensamento de Deus, em nossos relacionamentos, jamais haverá discordância com ninguém, pois Deus nos dirá qual é a verdade de qualquer situação ou qualquer assunto, inclusive como lidar com as estruturas das discordâncias para que sejam desbloqueadas para dar acesso ao que é impossível discordar.

Resumindo, podemos buscar Deus em nossa mente, antes de fazer qualquer julgamento sobre qualquer coisa, qualquer cena, qualquer cenário, qualquer pessoa ou sobre nós mesmos.

Alcançar o pensamento de Deus em nossa mente é algo que todos podem fazer porque há aqueles que alcançaram e sempre afirmaram que somos iguais:

Jesus disse: “Digo-lhes a verdade: Aquele que crê em mim fará também as obras que tenho realizado. Fará coisas ainda maiores do que estas”. 

Se Jesus pensava com Deus e nós somos todos iguais, então também podemos alcançar esse lugar na mente que é uno com Deus. 

E Jesus disse também: “Buscai o Reino de Deus” e isso significa: buscai o pensamento de Deus.

Pensando com Deus não há conflitos internos nem externos. Pensando com Deus não há discordâncias, e se não há discordâncias, não há falta de liberdade e não nos sentimos limitados, pois pensar com Deus é também se sentir livre e sem limites.

Pensando com Deus, descobrimos que todos nós pensamos a mesma coisa pelo fato de que a verdade é uma só.

Pensando com Deus alcançamos a visão espiritual, que não vê os corpos como separação mas como um meio de comunicação, para que os nossos relacionamentos nos ensinem, mutuamente, que precisamos entregar as nossas relações a Deus, que nos conhece e sabe que nos criou como iguais porque nos criou iguais a Ele Mesmo.

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