Roteiro do episódio #79 do podcast Não dá para desouvir, com o tema Presença e Relacionamento, com Kaw Yin e Yan Yin
Hoje vamos falar de uma coisa que precisa ser sentida e vivida para ser constatada e para que nunca mais possa ser esquecida e para que você nunca mais queira se relacionar de outra maneira.
Vamos falar sobre a única forma de você se relacionar, de fato, com alguém.
Você vai ouvir, vai achar muito interessante, vai ficar com vontade de experimentar, você vai experimentar, você vai ver com o seu próprio coração comandando o seu olhar e a sua mente.
Você vai sentir e vai descobrir o que é o prazer de viver sem se lembrar de que um dia você pensou que estava só.
Você vai ver que o passado em que você sentiu solidão nunca existiu, a não ser em sua imaginação.
Você vai descobrir que o futuro que você imaginou, no qual você poderia estar só, nunca será possível.
Você vai ver a Vida, você vai ver você, você vai ver a alegria incondicional, você vai ver a verdade e você vai se lembrar de Deus.
Nosso assunto hoje é PRESENÇA E RELACIONAMENTO.
Isso parece milagre?
Isso é milagre.
A Verdade é a fonte dos milagres.
A Verdade está no presente e o presente está no eterno. O eterno está em Deus e Deus está em você porque você está em Deus.
Você está em Deus em todos os agoras e é, em cada agora, que você pode senti-lo.
É em cada momento de presença, que você vê a divindade de tudo o que Deus criou e que está sempre com você e sempre disponível em todas as cenas, basta você olhar para ver.
Afinal, do que estamos falando?
A palavra ou o conceito presente, é um assunto que já foi muito falado na história e continua em alta em escolas de autoconhecimento, em livros, em dinâmicas de treinamento e de relacionamento ou de foco ou ainda outras possibilidades, nas quais, a ideia de manter a mente no presente já foi muito recomendada e treinada.
Porém, apesar dessa ideia ser tão reconhecida como útil, a comunidade humana ainda está muito longe de vivenciar o que seja, realmente viver em estado de presença.
Essa é a nossa proposta de hoje, para que você possa aprofundar um pouco mais nessa possibilidade que, na real, é a coisa mais otimizada para quem quer alcançar estados de serenidade, equilíbrio emocional, compreensão, gratidão, gentileza, alegria, aceitação, ausência de reatividades e tantas decorrências felizes da ausência de julgamento que a verdadeira presença nos traz.
O que é, afinal, o estado de presença, e qual é a sua relação com o não julgamento:
O estado de presença é a coisa mais pura que você pode experimentar.
Ao contrário de tudo o que você tem visto sobre si, sobre o mundo e sobre os seus relacionamentos, o estado de presença te mostra a doce paisagem das dádivas que Deus nos entrega em todos os instantes e em todos os cenários e que nós deixamos de ver, por optar por uma projeção de invenções sem realidade.
Projeções que inventamos sobre o que não está ocorrendo, projeções sobre o que não somos, sobre o que não são as pessoas que vemos em nossas relações e sobre o que não é o mundo na real.
O estado de presença é a pureza do olhar de quem quer ver e quer receber tudo o que nos é entregue para que possamos acelerar o caminho de volta pra casa.
É o estado de quem reconhece que é melhor ver do que julgar.
Julgar é tentar estabelecer o que as coisas são sem olhar para elas.
É tentar reinventar a vida sem olhar para a vida e para o amor que toda vida traz consigo.
O estado de presença é a graça que pode ser vista em cada olhar.
A graça que o medo não pode apagar mas que tenta esconder como se não fossemos merecedores de tanto prazer.
O estado de presença é a devolutiva da nossa confiança em todos e em Deus, pois é, na confiança absoluta, que nos damos a chance de ver a criação divina e de buscá-la, mesmo quando está escondida por detrás das cortinas da imaginação de que um dia nos separamos.
É apenas uma cortina de nuvens que o tempo vai levando e dissipando à medida que nos relacionamos com a meta em nos lembrarmos do amor que nos une por toda a eternidade.
A meta de voltarmos a ver de fato e de ver que o que tentou nos separar foram apenas ideias de diferença que somente habitaram os nossos pensamentos e os nossos assuntos repletos de complexidades e imagens separadas por espaços vazios.
Foram apenas cenários projetados para expressar coisas que passaram por nossa mente mas que nunca mudaram nada no amor que nos une.
Se isso é assim e, realmente é assim, então basta que olhemos com sinceridade e com fidelidade para a nossa decisão de ver em cada olhar, aquilo que também somos e que carrega consigo a vida que é uma só.
Deixe que o seu coração seja a tela branca que o amor e a plenitude da vida podem utilizar para escrever, com detalhes, o endereço onde todos nós nos encontramos e onde Deus sempre está e de onde nos inspira para fazer as leituras precisas de tudo o que permitimos que nos seja mostrado quando, nessa tela branca, nos permitimos receber a pureza da poesia, da beleza e da estética de cada momento, visto com a verdade que o torna exato para tudo o que pedimos para aprender em cada momento e que está em cada olhar, em cada som e em cada movimento.
Vamos treinar verdadeiramente esse olhar puro.
Olhe com a pureza do que você é e não invente nada.
Apenas deixe chegar tudo o que te foi mandado por amor, em resposta aos seus mais sinceros pedidos.
Olhe com a pureza do seu coração e aceite tudo o que você tem direito, para que nunca mais se sinta só e para que veja que a paz eterna já é sua e sempre será.
A paz que você sempre poderá compartilhar com todos que você sempre amou e sempre amará incondicionalmente, pois todo o medo, que tentou roubar o seu amor, era apenas um sonho que, no seu estado de presença, traz o despertar para a beleza que a vida nos traz, por ter sido criada e mantida para sempre pelo mais puro e perfeito amor que herdamos de Deus.
Isso é a poesia da vida que parecia ser confusa, estranha e insegura mas, na verdade, essas sensações eram apenas cortinas de medo que tentavam esconder a beleza que nos desperta e nos faz, enfim, viver.